quinta-feira, 9 de julho de 2009

A FILOSOFIA ESPÍRITA TEM A MORAL MAIS PURA.



Como especialidade, 'O Livro dos Espíritos' contém a Doutrina Espírita (Filosofia Espírita).

Uma série progressiva de fenômenos espirituais,deram origem a Doutrina Espírita.Nenhuma filosofia se elevou ainda a tão grandiosa concepção da vida universal,nenhuma lecionou ainda moral tão pura! O Espiritismo foi apresentado ao mundo,apoiado na base inabalável da certeza científica.
O Espiritismo é uma ciência progressiva,baseia-se no Ensino dos Espíritos e na análise minuciosa dos fatos.
O Espiritismo é tão velho quanto o mundo.Anterior ao Cristianismo.Por isso mesmo,não se originou dessa religião e nem está vinculada a mesma.



A FILOSOFIA ESPÍRITA nos descortina a realidade espiritual,em seus princípios e leis específicas,nos remetendo à nossa origem e ao nosso futuro,como Espíritos imortais e perfectíveis,inseridos em leis eternas que não devemos transgredir.E sob o imperativo do princípio da reencarnação,evoluimos espiritualmente: intelecto-moralmente.

Abrange o ético, o racional e o epistemológico. Ou seja, não se trata de uma simples filosofia, onde o que domina é a especulação intelectual e a preocupação informativa. Kardec propõe uma base fundamental para a orientação e a transformação humana, unindo o teórico e o prático, não sendo, portanto, uma simples especulação metafísica.

Portanto, é possível identificar no Espiritismo, os fundamentos de uma filosofia racional (Epistemológica). Em 'Prolegômenos', introduzindo 'O Livro dos Espíritos', Kardec escreve 'Este livro é o compêndio dos seus ensinamentos(dos Espíritos).Foi escrito por ordem de DEUS e sob o ditado dos Espíritos Superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, livre dos prejuízos do espírito de sistema.'

A base da Filosofia Espírita que a diferencia de outras doutrinas é a questão da Fé Raciocinada.'Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade'.

A base da moralidade espírita está na PARTE TERCEIRA de O Livro dos Espíritos – Das LEIS MORAIS.Na ética é que a moral espírita se consolida filosoficamente. O Espiritismo, não por hipóteses mas por fatos, prova a existência do mundo invisível,a nossa imortalidade, como seres espirituais perfectíveis e o futuro que nos aguarda: dilata a nossa visão espiritual,evoluciona completamente o curso de nossas idéias; proporciona ao homem o progresso intelectual e o avanço moral.

A Filosofia Espírita alenta o coração;considera os infelizes,os deserdados deste mundo,como irmãos a quem devemos apoiar.É colocando-nos neste ponto de vista,que afirmamos ser uma simples questão de tempo,a distância que o selvagem mais embrutecido e o homem de gênio de um país civilizado.No domínio Moral,dá-se ainda o mesmo fato: perversos como Nero e Calígula,podem e devem,no futuro,elevarem-se espiritualmente,ininterruptamente,a luminosos destinos,que se perdem ao infinito.
O egoísmo é inteiramente destruído pelo Espiritismo.Esta Doutrina proclama que ninguém pode ser feliz se não amar seus irmãos e se os ajudar a progredirem moral e intelectualmente.Na lenta evolução das existências,podemos ser,por diversas vezes e reciprocamente,pai,mãe,esposo,filhos,irmãos,etc.Os efeitos diferentes que essas posições diversas fazem nascer,cimentam nos corações,laços poderosos de amor.
É pelo auxílio mutuamente prestado,que podemos adquirir as virtudes necessárias ao nosso adiantamento espiritual.

A PROPOSTA ESPÍRITA NÃO É EVANGELIZAR NINGUÉM.

Infelizmente,há uma exposição de imagens e conteúdos da vida de Jesus, que tentam introjetar nos espíritas(sei que é bem intencionado),mas não produzem os resultados que se almejam, com tal metodologia.Porque não fazem os espíritas descobrirem as verdades que trazem em si mesmos;eis a proposta espírita,por isso que ela é FILOSÓFICA E DE ALCANCE PEDAGÓGICO,para se autoconstruir o ser em formação. Na realidade,o espírita continua um ignorante de si mesmo, e o que é pior,acreditando que seguir os passos de alguém,irá proporcioná-lo uma mudança de 'fora para dentro',sem esforço pessoal para se autoconstruir, por valores morais autênticos,que serão exemplificados por ele e não que fiquem no contexto de um Espírito, que propagou tais ensinos...
Como se pode discutir temas atuais,na visão espírita,se não há estudo na Casa?Há um contrassenso dos dirigentes e até dos membros de tal lugar...NÃO SE ESTUDA E NEM SE APROFUNDA NA FILOSOFIA ESPÍRITA.
Se esperarmos que o 'Acaso'(que não existe),resolva as coisas,não haverá maturidade espiritual;pois,sem o contributo do estudo sistematizado da Doutrina Espírita e de uma metodologia que se embase na proposta doutrinária, e não em 'igrejismo' arraigado do Movimento Espírita;não haverá avanço intelecto-moral.
Para se atingir o senso moral,é necessário o exercício de nossa inteligência, em prol de nosso autoconhecimento e de nos instruirmos acerca dos conhecimentos espirituais,capacitando constantemente o nosso Espírito,na assimilação verdadeiramente sentida de tais aprendizados,em nosso dia a dia.Isso não se faz da noite para o dia,mas sim com perseverante disciplina moral.

Ciência e Filosofia,de consequências morais.
Trazer a Filosofia Espírita para as Casas Espíritas.Incentivando os espíritas a pensarem e a buscarem soluções,que estão em si mesmos.Não somos católicos ou evangélicos,para ficarmos falando em Jesus.O que se deve excluir,é a idolatria em torno da figura de Jesus.Temos de estudar as Leis Morais,que se encontram em 'O Livro dos Espíritos'.A Doutrina Espírita toma como objeto de estudo,o Ensino Moral(que pertence a Deus e não a Jesus),em dado período histórico.Jesus não é o ÚNICO modelo de perfeição,houveram outros Espíritos Superiores,que também propagaram ensinos morais.A moral é universal e não está vinculada apenas a um período histórico,denominado de Cristianismo.Cristianismo é religião.

Se perguntarmos a um espírita, que acredita que Espiritismo é religião e cristão;certamente,dirá que devemos praticar o Evangelho e seguir o mestre Jesus e etc.Que transformação se deve esperar,de tal postura religiosa?

Quando se submete aos 'parâmetros religiosistas',que fundamentam a evangelização(que nada tem de espírita)à Doutrina Espírita;ficam expostas as mazelas das velhas fórmulas religiosas,eivadas de conceitos cristãos(criados pelos homens),que não surtem o efeito esperado, nas mentes e nem dos corações de ninguém.Em realidade,apenas fica o exercício da memória e o verniz das atitudes,sem a correspondente reforma íntima.Jesus não é a figura central do Espiritismo e nem a Espiritualidade Superior o idolatra como fazem os que tem uma visão religiosa da Doutrina.

Jesus NÃO é a base da Doutrina Espírita!!
Por que não se fala em Deus e da grandiosidade de sua lei?A Doutrina Espírita já utiliza Jesus, como exemplo de boa moral e elevadas virtudes,há muito tempo;mas a PROPOSTA ESPÍRITA não foi e nem é, para se evangelizar ninguém.Mas estudarmos os ENSINOS MORAIS,sob o enfoque da FILOSOFIA ESPÍRITA.Senão,seria O ESPIRITISMO SEGUNDO O EVANGELHO e NÃO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.Há uma grande diferença.


Todo avanço é intelecto-moral.Não existe evolução moral,sem o contributo da inteligência.

A tendência religiosa da ampla maioria das instituições, tem sido o principal elemento de desvalorização da proposta consciencial e sociológica do Espiritismo. Fala-se muito de quase tudo, mas sem a profundidade e o alcance devidos, resultando em casuísmos, achismos e respostas opinativas, que não subsistem a comparação com os fundamentos da Doutrina.Substituem a FILOSOFIA ESPÍRITA – graças à simpatia dos responsáveis pelas atividades espíritas e, de roldão, os frequentadores – pela literatura mediúnica 'oficial', isto é, as obras psicografadas por médiuns famosos e ditadas por Espíritos considerados quase como 'unanimidades'; apesar de não terem, seus escritos submetidos aos mesmos parâmetros, do trabalho kardequiano (o Controle Universal do Ensino dos Espíritos).

Há mensagens mediúnicas de Emmanuel e Joanna de Ângelis,tentando transformar o Espiritismo, em mais uma seita evangélica, legando a segundo plano, não só a prudente FILOSOFIA ESPÍRITA de vida, como ainda as provas fenomênicas da existência de uma vida espiritual verdadeira, completamente diferente daquela que o Cristianismo, com Emmanuel e de Ângelis estavam pregando.

Mas o que podemos verificar é que impera esta mentalidade: não respeitam mais Kardec e, para os seguidores do tal Cristianismo redivivo, nada mais teria valor, senão, a salvação por Cristo, o exemplo de vida e o grande Mestre, responsável pelo nosso planeta.Jesus não é o nosso mestre,porque não somos seguidores dele.Praticamos a Lei de Deus.

Por que não adotamos a FILOSOFIA ESPÍRITA,em nossas vidas?
Por que não compreendermos,em significação e amplitude,os 'caracteres do HOMEM DE BEM'? E o 'conhecimento de si mesmo',fica relegado a segundo plano?

A Doutrina Espírita,em seu aspecto científico-filosófico,de consequências morais;basta para a compreensão real e não a idealizada de muitos...
Se a Doutrina tem consequências morais,elas decorrem de sua Filosofia.E não está circunscrita aos exemplos morais de Jesus,que são apenas objetos de estudo.
Isso não quer dizer que, não se possa citar os aspectos morais da passagem de Jesus na Terra.Mas não como faziam os jesuítas e tantos outros religiosos...as igrejas estão cheias de adoradores de Jesus,mas a reforma íntima que é bom...
Temos as Leis Morais,que nos patenteiam elementos mais significativos e abrangentes,inseridos no estudo da Filosofia Espírita.

Realmente,não existe progresso moral,sem o contributo da inteligência.Todo avanço é intelecto-moral.
Não se está desprezando o progresso moral,mas se enfatizando um processo de análise e aprofundamento,que nos proporcione se chegar a esse progresso moral.Se temos a Filosofia Espírita,que nos norteia o 'pensar' e o 'sentir',de forma a nos libertarmos de velhas fórmulas religiosas;credenciando o SER imortal a se autoconhecer,nos remetendo à NOSSA ORIGEM E DESTINAÇÃO,a se instruir nos conhecimentos espirituais,habilitando-se a aprender corretamente e a exemplificar tais conteúdos,na sua romagem na Terra;para que ficarmos CIRCUNSCRITOS ao que determinado Espírito, vivenciou moralmente?Devemos adotar o Espiritismo,como filosofia de vida e para isso,não se necessita que façamos, o que fazem as religiões que adotam tais posturas ineficazes e contraproducentes:seguir os passos de um dado Espírito e esquecermos de que podemos ser como ele.Mas para se conseguir tal coisa,necessário se faz que, abandonemos a IDOLATRIA E A VISÃO RELIGIOSA,que não permitem a evolução espiritual da HUMANIDADE.Senão,não teríamos a Doutrina Espírita.


É triste ver uma Doutrina tão mal compreendida e tão distorcida...É o atavismo religioso tão fortemente defendido e confundido com Doutrina Espírita.Misturam-se 'alhos com bugalhos'.Não há fundamentação lógica e principalmente,embasada no Espiritismo.

-Não há líderes no Espiritismo(seja Kardec e/ou Espíritos) e não preconiza a idolatria
para médiuns,autores e nem Espíritos.Ponto.

-A Doutrina Espírita não é obra do Cristo.Jesus não é Deus.Ponto.

-Ciência e Filosofia,de consequência morais.A Doutrina Espírita não é religião e nem cristã.Ponto.

-Jesus não é Espírito Puro e nem a figura central do Espiritismo.Ponto.

-Não existem colônias espirituais,vales,lugares circunscritos(como purgatório ou tido como inferno).Ponto.

-O mundo espiritual não é uma cópia perfeita do mundo material.Ponto.

-Não existem obras complementares(depois da Codificação)mas sim obras paralelas.Ponto.

-O Evangelho segundo o Espiritismo não é o livro principal e nem essencial.E nem os livros do médium Chico Xavier.Temos a Filosofia Espírita.Ponto.

-Não praticamos o Evangelho mas sim a LEI DE DEUS.Ponto.

-Os Espíritos Superiores não se reportam à Jesus(também um Espírito Superior).Ponto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

UM ENSAIO ACERCA DA CIÊNCIA DO FUTURO.


Filosofia da Ciência Espírita – I – A Religião.

O Espiritismo é considerado por alguns, como mais uma filosofia espiritualista. Outros já o enquadram como uma Ciência rigorosa, empírica, não apresentando nenhum compromisso com princípios metafísicos. Outras correntes admitem um caráter eminentemente religioso e moral, sem reflexões filosóficas ou teorias científicas. Finalmente, há aqueles que o classificam como mais uma técnica de cura ou terapêutica de medicina alternativa.
O que é realmente o Espiritismo? Mas o que significa cada um desses termos e quais são as implicações desse entendimento? Vale a pena pensarmos nisso? Sabemos que sim, para descobrirmos os objetivos e o método em que se formou a Doutrina Espírita. E, para compreendermos melhor, estudaremos esses três conceitos.
Na verdade, desde a pré-história humana, quando o homem ainda não desenvolvera a escrita, percebemos a busca incessante da felicidade. E, para chegar à felicidade, as experiências terrenas sempre levam a um questionamento sobre a realidade e as causas dos fenômenos que nos envolvem.
Entretanto, segundo Allan Kardec, "sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não asfixiar."Vemos o ser primitivo inteiramente preocupado com a satisfação de seus interesses materiais. Nada podendo ainda conceber fora do mundo visível e tangível, imagina toda a realidade constituindo-se dos seres e das coisas com que se deparam. Mais tarde, torna-se necessário, para entender a si próprio, a compreensão do abstrato, para então, aos poucos, adentrar na essência espiritual da vida: a Verdade Real.

Nesse sentido, diversas formas (métodos) de obter o conhecimento da Verdade a respeito de numerosos assuntos (objetos) foram construídos pela sociedade, em todos os períodos da Humanidade. Não é necessário se estender e definir cada método, mas os estudiosos do saber humano classificam o Conhecimento em dois grande grupos: o não-racional e o racional. Toda obtenção passiva, exterior, sem análise, pertence ao primeiro grupo: as diferentes superstições, as ideologias e, como veremos a seguir, as religiões. Por outro lado, todo conhecimento elaborado, refletido, pertence ao segundo grupo: a Filosofia e a Ciência.
A primeira grande organização do saber foram as religiões. Sabemos que os objetos (os assuntos) principais de qualquer religião são a Existência de Deus e a Imortalidade da Alma. Derivada do verbo latino "religare", a religião representa um laço de união entre a criatura e o Criador. Por que, então, é classificada, de um modo geral, como uma forma não-racional do saber, até mesmo como uma superstição melhorada? Porque a esmagadora maioria desenvolve-se segundo o método da Revelação.
Revelar, do latim "revelare", cuja raiz é "velum", véu, significa literalmente "sair de sob o véu", figuradamente, descobrir, fazer conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. No sentido especial da fé religiosa, a revelação é sempre feita a homens privilegiados, designados como profetas ou messias, isto é, enviados, missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens. Considerada sob esse ponto de vista, a revelação implica passividade absoluta; é aceita sem controle, sem exame, sem discussão. A submissão faz aceitar "de fora para dentro".

A religião em sua estrutura passiva, não permite que a população pense, conheça ou saiba usar os fenômenos para uma amplitude que nos contemple um avanço intelecto-moral.Nesse enfoque, os conceitos devem, então, ser intocáveis, como dogmas. Daí a necessidade de surgirem outros métodos para atingir a Verdade. Emergiram pensadores desafiadores da religião, não por rejeitarem alguns de seus conceitos, mas para produzirem o próprio conhecimento, mesmo errando, porém, com a possibilidade de discutir e usufruir o direito da Liberdade.
Na análise da construção do conhecimento,a primeira grande busca do ser humano foi em torno do sobrenatural,com conotações não-racionais,desenvolvendo as religiões,que,de modo geral,eram atreladas ao Estado,não permitindo ao indivíduo pensar livremente.
Indubitávelmente,o tríplice aspecto da Doutrina Espírita é: CIÊNCIA E FILOSOFIA,de CONSEQUÊNCIAS MORAIS.O termo "Religião" invalidaria o aspecto científico-filosófico.


A Doutrina Espírita não está associada à nenhuma seita(Cristianismo)que apresenta um contexto de princípios particulares e nem acomodativa, com uma proposta religiosa de inserção de conteúdos que não permitem que o Espírito avance intelecto-moralmente.
O termo Religião destoa frontalmente do aspecto Científico-filosófico,de consequências morais da Doutrina Espírita.
O Espiritismo é uma Ciência experimental;ele não foi constituído sobre idéias preconcebidas;não é obra de um homem nem de uma seita e sim,um produto direto da observação.
A certeza da imortalidade do ser pensante surge radiante do estudo dos fatos.Está provado que o "eu" consciente sobrevive à morte,que aquilo que constitui verdadeiramente o homem não é atingido pela desagregação do corpo e que,na vida de além-túmulo,a individualidade humana persiste em sua integralidade.
É esse "eu" consciente que adquire,por sua vontade,todas as virtudes e todas as ciências que lhe são indispensáveis para se elevar na escala dos seres.A Criação não está limitada à fraca parte que os nossos instrumentos nos permitem descobrir;como habitantes exclusivos deste pequeno globo,o Espiritismo demonstra que somos "cidadãos do Universo".
Vamos do simples ao composto.Partindo do estado mais rudimentário,aos poucos nos elevamos à dignidade de seres responsáveis;cada conhecimento novo que, em nós, se fixa,permitem-nos entrever horizontes mais vastos e gozar de uma felicidade mais perfeita.Longe de colocarmos o nosso ideal na ociosidade beata e eterna,acreditamos que a suprema felicidade consiste na atividade incessante do Espírito,na ciência cada vez maior e no amor que desenvolvemos por nossos irmãos,à medida que avançamos no árduo caminho do progresso.
Compreende-se que essas idéias nos obriguem a admitir a pluralidade das existências e a negação completa de um paraíso circunscrito ou de um inferno qualquer.

Quando se pensa na possibilidade de se viver grande número de vezes na Terra,com corpos humanos diferentes,essa idéia,a princípio,parece absurda;mas quando se reflete na soma enorme de conquistas intelectuais que devem possuir os povos civilizados,na distância que separa o selvagem e o homem instruído,na lentidão com que se adquire um hábito,vê-se desenhar a evolução dos seres e concebem-se as vidas múltiplas e sucessivas,como uma necessidade absoluta que se impõe ao Espírito,tanto para adquirir a sabedoria como para a correção de suas imperfeições, exercitadas anteriormente.A vida da alma,encarada sob este ponto de vista,demonstra que o mal não existe ou,antes,que ele é criado por nós e é resultante da nossa ignorância.
Existem leis eternas que não devemos transgredir;mas,se não nos conformamos com elas,temos eternamente a faculdade de repararmos,por novos aprendizados e esforços,as nossas imperfeições.É por provas inumeráveis que todos nós devemos passar,que chegaremos à felicidade,apanágio de todos os seres viventes.

A Filosofia Espírita alenta o coração;considera os infelizes,os deserdados deste mundo,como irmãos a quem devemos apoiar.É colocando-nos neste ponto de vista,que afirmamos ser uma simples questão de tempo,a distância que o selvagem mais embrutecido e o homem de gênio de um país civilizado.No domínio Moral,dá-se ainda o mesmo fato: perversos como Nero e Calígula,podem e devem,no futuro,elevarem-se espiritualmente,ininterruptamente,a luminosos destinos,que se perdem ao infinito.
O egoísmo é inteiramente destruído pelo Espiritismo.Esta Doutrina proclama que ninguém pode ser feliz se não amar seus irmãos e se os ajudar a progredirem moral e intelectualmente.Na lenta evolução das existências,podemos ser,por diversas vezes e reciprocamente,pai,mãe,esposo,filhos,irmãos,etc.Os efeitos diferentes que essas posições diversas fazem nascer,cimentam nos corações,laços poderosos de amor.
É pelo auxílio mutuamente prestado,que podemos adquirir as virtudes necessárias ao nosso adiantamento espiritual.
Nenhuma filosofia se elevou ainda a tão grandiosa concepção da vida universal,nenhuma nos ofereceu ainda Moral tão pura! Por isso,a Doutrina Espírita se apresenta ao mundo,apoiada nas bases inabaláveis da certeza científica.


O Espiritismo é uma Ciência progressiva,baseia-se no Ensino dos Espíritos e na análise minuciosa dos fatos.Não tem dogmas nem conteúdos doutrinários cuja discussão seja interdita;além da comunicação entre os vivos e os mortos e do príncipio da reencarnação,que estão absolutamente demonstrados,a Doutrina admite todas as teorias racionais que se referem à origem e ao futuro da alma.Em uma palavra,existe um critério metodológico de aferição:"CUEE"(Controle Universal do Ensino dos Espíritos)que nos permitem acompanhar os avanços de vários campos do saber humano.Ensejando-nos uma superioridade incontestável sobre as outras filosofias,cujos adeptos se conservam encerrados em estreitas malhas.


Analisemos sob o prisma da Filosofia Espírita,o termo "Evangelizar".
Seu contexto tem uma significação pedagógica e uma aplicabilidade, que resultem em nossa melhoria moral e,certamente,como suporte, em nossa Reforma Íntima?

Em minha opinião pessoal,percebo que "Evangelizar" se tornou uma mera repetição das Escrituras:apenas nos "instrui" em conteúdos que nos exercitam numa memorização de certas passagens da vida de Jesus e, no que ele propagou como sendo verdades espirituais da Lei de Deus.Os Evangelizadores nos apresentam um contexto que deveria ser moralizante,em forma de expressões que devem pairar em nossas mentes,como sendo de autoria do Mestre Jesus e, por isso mesmo,veneradas, se traduzindo numa deificação de um simples mensageiro, do que, propriamente,uma proposta pedagógica de se estudar e praticar a Lei de de Deus,através do Ensino Moral.

terça-feira, 16 de junho de 2009

COLÔNIAS ESPIRITUAIS:FANTASIAS ANÍMICAS DE CHICO?


Fiz uma série de adaptações em seus conteúdos para melhor aproveitamento de nosso entendimento.

Erraticidade e fantasias espirituais


Autor: Iso Jorge Teixeira.

Que acontece com a alma após a morte? A dos bons irão para o céu e a dos maus para o inferno? Haveria um purgatório, um lugar determinado para a ascensão ao céu ou como preparativo para a reencarnação, daquelas almas necessitadas de purificação?
Essas perguntas, exceto, a primeira, seriam respondidas com um 'sim', pela maioria dos religiosos brasileiros...

Curiosamente, alguns confrades sincretizam tais conceitos de 'céu, inferno e purgatório' e admitem coisas semelhantes àquelas descritas em 'A Divina Comédia' – do obscurantismo medieval –dizendo que, após a morte, seremos encaminhados para um 'Pronto-socorro espiritual' e, daí, para 'colônias espirituais'. No entanto, não é isso que está explícito e implícito na Doutrina dos Espíritos; por isso, julgamos importante tratar aqui da questão básica relativa à erraticidade e a dos Espíritos errantes...

As chamadas 'colônias espirituais' são de existência questionável
Há uma grande falha em nosso Movimento Espírita, ao admitir que fiquemos, quase enclausurados em 'colônias espirituais', a receber conselhos de Espíritos; como se aí estivéssemos encarnados.Até um tal 'vale dos suicidas', é creditado como verdadeira Doutrina dos Espíritos!Contudo, nas obras de KARDEC, não há a menor referência nem às colônias espirituais nem ao vale dos suicidas. Seria uma omissão imperdoável da Espiritualidade Superior?

Acreditamos em que, ao desencarnarmos, a nova vida é eminentemente espiritual, nada de mundos especiais: 'cópias aperfeiçoadas dos objetos da Terra', como dizem alguns confrades. O mundo da erraticidade é um mundo de reflexão, em que nos preparamos para uma nova encarnação, mas essa preparação não tem nada de material.

Alguns argumentam que aqueles Espíritos mais terra-a-terra, não conseguiriam viver sem a matéria. Ora, se não conseguirem viver sem a matéria, ao desencarnarem não sairão daqui do orbe terrestre?

"O Umbral – continuou ele, solícito – começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.”

Mais adiante, diz também:

“... O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena."
(Livro 'Nosso Lar' - Espírito André Luiz)

O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Por Allan Kardec - tradução de José Herculano Pires.

IX - Paraíso,Inferno,Purgatório,Paraíso perdido.

1011. Um lugar circunscrito no Universo, está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, de acordo com os seus méritos?

— Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo, o principio de sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, segundo o grau de evolução do mundo que habitam.

1012. De acordo com isso, o inferno e o paraíso não existiriam como os homens os representam?

— Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda parte. Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos.

Comentário de Kardec: A localização absoluta dos lugares de penas e de recompensas só existe na imaginação dos homens. Provém da sua tendência de materializar e circunscrever as coisas cuja natureza infinita não podem compreender.

1013. O que se deve entender por purgatório?

— Dores físicas e morais: é o tempo da expiação. É quase sempre na Terra que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos faz expiar as vossas faltas.

Comentário de Kardec: Aquilo que o homem chama 'purgatório', é também uma figura pela qual se deve entender, não algum lugar determinado, mas o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos Espíritos felizes. Operando-se essa purificação nas diversas encarnações, o purgatório consiste nas provas da vida corpórea.

1014. Como se explica que os Espíritos que revelam superioridade por sua linguagem, tenham respondido a pessoas bastante sérias, a respeito do inferno e do purgatório, de acordo com as idéias vulgarmente admitidas?

— Eles falam uma linguagem que possa ser compreendida pelas pessoas que os interrogam. Quando essas pessoas estão muito imbuídas de certas idéias, eles não querem chocá-las muito rudemente, para não ferir as suas convicções. Se um Espírito fosse dizer, sem precauções oratórias, a um muçulmano, que Maomé não era um profeta, seria muito mal recebido.

1014 – a) Concebe-se isso da parte dos Espíritos que desejam instruir-nos. Mas como se explica que Espíritos interrogados sobre a sua situação tenham respondido que sofriam as torturas do inferno ou do purgatório?

— Quando eles são inferiores e não estão completamente desmaterializados, conservam uma parte de suas idéias terrenas e traduzem as suas impressões pelos termos que lhes são familiares. Encontram-se num meio que não lhes permite sondar o futuro senão, de maneira deficiente. Essa é a causa por que, em geral, os Espíritos errantes, ou recentemente libertados, falam como teriam feito se estivessem na vida carnal. Inferno pode traduzir-se por uma vida de provas extremamente penosas, com a incerteza de melhora; purgatório, por uma vida também de provas, mas com a consciência de um futuro melhor. Quando sofres uma grande dor, não dizes que sofres como um danado? Não são mais do que palavras, sempre em sentido figurado.


Portanto,os tais informes espirituais referentes a Umbral,colônias e vales destoam da Codificação.


CIÊNCIA ESPÍRITA EM FACE DA RAZÃO E DO CONTROLE UNIVERSAL

Por vezes, adota-se um conceito absoluto de razão, do qual provém o qualificativo racional. No Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano, o verbete razão apresenta inúmeras acepções e variadíssimo conteúdo semântico. Não obstante, logo na primeira entrada, tem-se por razão o "referencial de orientação do homem, em todos os campos em que seja possível a indagação ou a investigação, de tal jeito que ela corresponde a "uma ‘faculdade’ própria do homem, que o distingue dos animais". Outrossim, da noção de razão derivam a de racional e a de razoável. Ora, o racional constitui aquilo proveniente da razão ou dela correlato, enquanto o razoável compõe aquilo capaz de gravitar em torno dela, sem, no entanto, perder o ponto de tangência.


Não há, portanto, absolutizar o conceito de razão, pois tudo quanto se afigure assimilável pela razão deve ser considerado racional, quando o objeto não discrepar ora do senso comum ora do bom senso. Desse modo, racional se torna aquilo admitido pela razoabilidade, embora, a razão em si mesma, não constitua a demonstração da verdade. Somente quando a razão, como faculdade, logra aproximar-se da percepção e da sensação, como realidade apresentada, pode-se interceptar de alguma forma a verdade. Ora, afigura-se importante ser razoável para ser racional e entrever a razão.


Decerto, as obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, devem ser estudadas, assim como acuradamente comparadas às da Codificação Espírita, porém, dentro das margens de razoabilidade. Não obstante, o articulista, cujas páginas mais parecem um repreensão à mediunidade de Francisco Cândido Xavier, está convicto de que existem nos livros atribuídos a André Luiz "situações ingênuas cientificamente" e devidas ao animismo do notável médium de Pedro Leopoldo. Por outro lado, de tão convicto o observador e de tão verazes as ingenuidades, não as revela ou menciona sequer de relance, a fim de que as analise o leitor. Houve também uma inadvertência do açodado articulista: se houve animismo daquele médium, houve também de Waldo Vieira, cuja personalidade não tinha por hábito e nem terá de padecer "misticismo católico", muito menos agora. Em pelo menos três livros da série, ambos os médiuns, laboraram em conjunto: Sexo e Destino, Evolução em Dois Mundos e Mecanismos da Mediunidade.

Para escapar ao argumento, o médium deverá recorrer a duas hipóteses, muito ao gosto do consumidor, consoante diria o Padre Quevedo: I) houve fraude liberada e deliberada de Waldo Vieira, sob assédio do "misticismo católico" de Chico Xavier; II) houve manipulação dos textos pela FEB, sob o beneplácito dos médiuns. Sobre tal enfoque, Waldo Vieira nunca se manifestou, nem mesmo após haver-se tornado apóstata(renúncia ao rótulo de espírita) do Espiritismo. Como aplicar a ambos, a hipótese do animismo por "misticismo católico"? Seria animismo duplo em personalidades assaz distintas?

Outrossim, o articulista, de muita cultura e de extenso lastro médico, por ser livre-docente de Psicopatologia e de Psiquiatria, como se pode notar em muitos e bons artigos em que trata conjuntamente da mediunidade e da própria especialidade, assinalou algo de suma importância à pesquisa científica:

Todo ESTUDO realmente CIENTÍFICO, não deve partir para uma busca daquilo que "queremos" encontrar; senão, encontraremos exatamente aquilo que "desejamos"; ora, os nossos DESEJOS, os nossos AFETOS não devem contaminar um estudo científico. Todo estudo deve partir com AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS, como recomendava o grande filósofo alemão KARL JASPERS, baseado no também filósofo EDMUND HUSSERL.

Há uma sentença mais verdadeira e mais adequada à problemática? Decerto, parte-se da noção de neutralidade científica, cuja verdadeira existência parece extremamente dubitável, da mesma forma, como parece inexistir a decantada neutralidade axiológica. Ora, como examinar a ausência de pressupostos, se ela mesma se constitui em um pressuposto, usando-se aqui um raciocínio de Bertrand Russel? Se aqui se parte do pressuposto de que existem as colônias espirituais, o articulista partiu, a seu turno, da premissa de que elas não existem. Onde a ausência de pressupostos no exame do problema, sem usar-se aqui o método parenético de Antônio Vieira, o respeitável orador barroco?

Simplesmente,pelo estudo dos conhecimentos espirituais existentes,embasados em LEIS NATURAIS,encontrados na CODIFICAÇÃO ESPÍRITA.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ESCLARECENDO A NOSSA RAZÃO.


Se a religião,a princípio apropriada aos conhecimentos limitados dos homens,tivesse sempre seguido o desenvolvimento progressivo do espírito humano,não haveria incrédulos porque a necessidade de crer está na própria natureza do homem e ele sempre crerá,desde que lhe deem o alimento espiritual em harmonia com as suas exigências intelectuais.Ele quer saber 'de onde veio e para onde vai'!
O Espiritismo nos oferece o que há de melhor e, é por isso, que se vê acolhido ansiosamente, por todos os que se atormentam com a incerteza pungente da dúvida;não encontrando nas crenças religiosas e nas filosofias vulgares,aquilo que procuram.
A Doutrina Espírita tem a seu favor,a lógica do raciocínio e a prova dos fatos.É por isso que inutilmente tem sido combatido.
Kardec já deixou patente a distinção clara de que a sustentabilidade da Doutrina,se firma em uma BASE INAMOVÍVEL,porque está nas LEIS NATURAIS.Muitos se contradizem ao afirmar o contrário,com suas teses sobre ser uma religião e também cristã.
Essa BASE CIENTÍFICA,adota um princípio metodológico:CUEE,que determina que,seu VALOR UNIVERSAL seja válido,independentemente,de contexto social,da época e do lugar,porque se trata de PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS que compõem a LEI DE DEUS.
O Espiritismo não está a mercê da falibilidade dos conhecimentos humanos,para se firmar enquanto Doutrina.Em seu sentido PROGRESSISTA,ela avança,acompanhando NOVAS DESCOBERTAS,em variados campos do saber humano.
Se fosse RELIGIÃO e CRISTÃO,estaria fatalmente relegado a nulidez de seus conteúdos doutrinários(princípios particulares);por não estarem respaldados nas LEIS NATURAIS e,assim,NÃO PODERIAM ENCARAR A RAZÃO,FACE A FACE,EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE.
A Doutrina ainda nos disponibiliza as ferramentas de estudos e pesquisas em seu contexto CIENTÍFICO-FILOSÓFICO,de CONSEQUÊNCIAS MORAIS.Não se confundir MORAL com religião.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DAS CONTRADIÇÕES NAS OBRAS PARALELAS.

EMMANUEL




Extraído da Comunidade 'CUEE(Metodologia Espírita)'.

Tópico de autoria de Moura Rêgo.


Algumas obras que circundam a Doutrina Espírita, ditadas ao que se diz, por Espíritos, são tomadas com exação, como se fosse a 'Doutrina dos Espíritos', o que representa um erro crasso, conducente à uma interpretação e à uma conclusão, em deslustre para com o que ensina o Espiritismo.
O alunado noviço, muitas vezes, por ainda não conhecer a parte básica da Doutrina, acredita, por ouvirem dizer, que tais obras possam ajuda-los na compreensão dos temas doutrinários e, acabam por enveredar pelas sendas do Espiritualismo que, mesmo formando a parte geral da filosofia chamada Espiritualista, tem para com a 'Doutrina dos Espíritos' grande diferença; nascendo daí, muitas das querelas, discussões e mesmo, algumas animosidades, que vemos, quando na Internet,em algumas comunidades Espíritas.Se é correto dizer ao estudante de Doutrina Espírita: “Leia de tudo, retenha o que é bom”, implícito está que, para que se possa reter o que necessariamente seja 'bom', é de todo importante que se conheça, anteriormente, pelo menos a parte básica da Doutrina dos Espíritos, para que, mais longe, fiquemos, dos erros de interpretação.
A distinção entre Espiritualismo e Espiritismo, é importante para ser conhecida, pois, é ela quem nos vai ajudar a reter o que seja de Doutrina Espírita, mesmo ao lermos obras paralelas.
O Espiritualismo é a parte geral, onde a Doutrina dos Espíritos se forma como parte específica. Logo, é justo que saibamos que, muita coisa dita como conteúdos espíritas, não é, senão, corruptela da Doutrina e, não raro, faz com que o estudante, teça conclusões distantes do veio doutrinário, esta a razão de tanta celeuma entre alguns de nossos confrades.
Nascidas de contradições aos parâmetros codificados e avalizados pelo 'Controle Universal do Ensino dos Espíritos'(CUEE), trazendo noções geradas no Espiritualismo, mas não aludentes à parte especial e específica conhecida como Espiritismo; estas noções formam conduta de erro, fazendo atrasar os estudantes, no caminho da compreensão dos temas realmente doutrinários.Este o escopo destas poucas páginas, companheiros; ajudar na propagação da correta Doutrina dos Espíritos, resguardando os estudantes noviços na Doutrina Espírita, de se arrostarem a falsas interpretações dando lume a que uma corrupção ou que uma contradição flagrante, lhes seja dita, como parte integrante da Doutrina que se alistaram para seguir.
Dessarte, vou lhes trazer três momentos em que se vê, claramente, a corrupção do tema doutrinário, fazendo nascer idéia diversa e divorciada do ensino da plêiade.

1 _ É dito por alguns, sobre a existência de Umbral: uma zona que afirmam purgatorial aos Espíritos endividados; Dizem ainda sobre a existência de zona fronteiriça a Terra, delimitada e circunscrita, onde floresçam construções de Ministérios, residências, hospitais, em suma, de origem tipicamente material, onde jornadeiam esses Espíritos errantes e inferiores, até que se tornem reajustados ante a Lei de Deus. Numa autêntica corrupção ao que ensina a Obra Básica da Doutrina Espírita, querem ver?

Ensina o dicionarista:

UMBRAL: 1. Cada uma das peças verticais das portas e janelas que sustentam as vergas; ombreira de porta. 2. Limiar, entrada.

Como se vê, não é esta a idéia que é preconizada pelo autor dessa concepção de uma 'zona purgatorial', mais católica do que Espírita.
Ensina O Livro dos Espíritos: “(...) Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam nenhuma região delimitada ou circunscrita; estão por toda parte, no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos sem cessar.”

A Obra em questão, 'O Livro dos Espíritos' é onde, no dizer do codificador, repousam os princípios básicos da Doutrina dos Espíritos, tal como lhe foram ditados pelos Espíritos da plêiade(Espíritos Superiores); logo, contém o elemento validador, ou seja o 'Controle Universal do Ensino dos Espíritos' (CUEE).
Minha questão é das mais simples: Qualquer um dos Espíritos que já tenha, em algum tempo, afiançado sobre a existência do Umbral, tiveram deste controle, a validação necessária para serem tidos como expoentes da Doutrina? Deixo a resposta a vocês, amigos.

2 _ Sobre as construções no Éter erigidas sob o solo (!?) desta zona circunscrita: Alguns Espíritos, já se fizeram conhecer por estas afirmações, logicamente, não ao mesmo tempo, mas em épocas diferentes, mas, segundo a Doutrina, na parte II, da Introdução da Obra 'O Evangelho Segundo o Espiritismo', ou na Introdução de 'O Livro dos Espíritos', ou mesmo no capítulo I, de 'A Gênese'; sob o título de “Autoridade da Doutrina Espírita, fica patente que, para que uma revelação seja uma verdade doutrinária, haverá de vir de variados Espíritos, sob a escrita de vários médiuns, desconhecidos entre si, ao mesmo tempo, e espontâneamente. Tal metodologia, sabido de todos, que já estudaram as partes citadas acima, mostra a contrariedade ao que foi estipulado, sob o condão de condição 'sine qua non', para serem tidos como Doutrina Espírita; logo, sem a chancela de uma verificação da universalidade das informações espirituais que sejam obtidas,serão apenas opiniões particulares dos Espíritos.Eis a liguagem dos Espíritos da plêiade, em 'Prolegômenos', na obra básica: 'O Livro dos Espíritos': “Ocupa-te com zelo e perseverança do trabalho que empreendestes com o nosso concurso, porque este trabalho é nosso. Nele pusemos as bases do novo edifício que se eleva e um dia, deverá reunir a todos os homens, num mesmo sentimento de amor e caridade.”
Então, companheiros de ideal: não sou eu quem afirma tais coisas, mas sim eles, os Espíritos Superiores, a própria Doutrina.
Sobre o controle do qual falei e sua aplicação nas obras citadas temos:
“(...) mas antes de o divulgardes, revelemo-los juntos, a fim de controlar todos os detalhes(...)”

Dessa forma, qualquer outra afirmação, destoante das que são encontradas nas obras chamadas de 'básicas', devem ser tomadas como opinião pessoal do Espírito ou do autor encarnado que as trouxer, não formando Doutrina Espírita. É o que se pode facilmente depreender.
Na mesma esteira devem ser incorporadas as visões sobre as 'colônias' das quais falei.


3 _ Outra parte em desalinho, para com o ensino preconizado pela Doutrina Espírita, repetitivamente corrompida nas 'obras paralelas', é o do recebimento do Espírito que volta à erraticidade, por seus parentes e amigos.
Falam tais obras que, logo que chega à pátria espiritual, tem o Espírito capacidade para reconhecer as pessoas que formam, como suas amizades.
Se, por certo, tais amizades possam ali estar, mais das vezes, segundo o estado em que se encontre o Espírito, (veja acerca do retorno ao mundo dos Espíritos em 'O Livro dos Espíritos'); o Espírito não poderá reconhecê-los, vista que, se encontra em estado de torpor e que, esse torpor, que lhe frustra qualquer visão, não se acaba tão logo chegue à erraticidade. Dependerá antes das crenças e da qualidade moral deste Espírito. Esta a doutrina.

Amigos, os temas aqui alinhavados não são os únicos, na parte científica; então , encontramos muitas afirmações em total desacordo com a Física, e com outras ciências do homem, não por serem ditadas em tempos idos, mas pela desinformação do próprio Espírito, autor da página. Não me cabe aqui prosseguir nessas colocações, espero mesmo que os temas elencados sejam estudados por todos que lerão este pequeno apanhado de idéias e que o julguem sob a luz da Doutrina Espírita. Tirando então, suas próprias conclusões, para depois, segundo o ensino, dito ao começo, reterem o que é 'bom'.As coisas são lícitas para nós, mas nem tudo nos convém.

Portanto,tais obras:sejam de André Luiz,Emmanuel e de outros autores espíritas(encarnados ou não),são obras 'paralelas' e não 'complementares',como muitos pensam...
São opiniões acerca da Doutrina Espírita.Embora,haja razoabilidade em alguns conteúdos.Não são referenciais para estudo.Necessário se faz que se estude 'O livro dos Médiuns' e 'O Livro dos Espíritos'.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Educação e desenvolvimento mediúnicos e a aferição das manifestações

CONTROLE UNIVERSAL DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS – CUEE

I – Introdução

II – O que é o Espiritismo

III – Comunicação dos Espíritos

IV – O médium perante as comunicações mediúnicas

V – Conteúdo e formas das comunicações

VI – Validação das comunicações dos Espíritos

VII – Métodos de aferição das comunicações

VIII – Comunicações não aferidas – autenticação

IX – Futuro do Espiritismo sob a ótica CUEE

X - Conclusão

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I – Introdução

Hoje, no Brasil, ouve-se falar no Espiritismo em todos os lugares onde se encontrem pessoas reunidas. Fala-se sobre Espiritismo em grupos específicos para o estudo e desenvolvimento prático dos seus postulados doutrinários, assim como falam sobre Espiritismo, todas as pessoas que ingressam em Casas Espíritas, lugar em que se realizam os diversos trabalhos de origem mediúnica, no que se refira a atendimento a outras pessoas que, para essas 'Casas' se dirigem, em busca de esclarecimento, consolação e tratamento de natureza espiritual.

Na quase totalidade das Instituições Espíritas, são realizados os trabalhos de cuja denominação, conhecemos como: desobsessão, educação e desenvolvimento mediúnicos, prontos-socorros espirituais, curas espirituais, e outros.

Além disso, e através da identificação com o Espiritismo, testemunha-se a proliferação de livros em todos os segmentos literários – romances, auto-ajuda, teorias filosóficas e os chamados 'evangelizadores' –, comercializados como complementos doutrinários, científicos e filosóficos da Doutrina revelada pelos Espíritos. Essas produções literárias, salvando-se algumas exceções, trazem, em seu escopo, a informação de terem sido criadas, ora por inspiração espiritual a um médium, ora por psicografia mecânica (sem a interferência do médium, ou seja, passivo)ou ditada por meio da faculdade de audiência ou pela intuição mediúnica(com o médium consciente e ativo).

Para aqueles que estudam, analisam e ingressam na Doutrina Espírita, o entendimento e a compreensão dos seus postulados passam, necessariamente, pelas orientações deixadas pelo codificador e principal artífice da produção das 'Obras Básicas'. Não há como se pretender seguir a Doutrina dos Espíritos se não houver o entendimento e a correta compreensão da origem da autenticidade e da autoridade dos seus ensinamentos.

Somente, quando o Espiritismo é compreendido em sua totalidade, e quando se fala Espiritismo fica implícita a comunicação entre os mundos material e espiritual, não há como ignorar ou omitir o mecanismo universal de coesão dos princípios espíritas e de propagação do Ensino dos Espíritos.

É princípio doutrinário para todo o médium, conhecer os postulados Espíritas e as orientações deixadas pelos Espíritos, assim como conhecer o trabalho do insígne codificador, Allan Kardec, no que concerne à autoridade da comunicação e o certificado legítimo desta, para que a dissensão e o litígio não prevaleçam.

Qualquer pessoa que se disponha a ler e analisar todos os livros já publicados, sob a chancela da bandeira “Espírita”, com um olhar critico sobre os seus conteúdos, comparados com as orientações e esclarecimentos contidos nas Obras Básicas, notadamente em O Livro dos Médiuns, perceberá o quanto de diversidade individual contém em cada segmento neles tratado. Isso se dá porque sabe, o estudioso, que os Espíritos, em virtude da diferença entre as suas capacidades reflete, nas suas comunicações, o seu estado atual de evolução moral e intelectual.

Depara-se aquele que queira seguir a Doutrina Espírita, na sua pureza doutrinária e na ortodoxia dos ensinamentos dos Espíritos; com um impasse entre a aceitação, a omissão, a crítica ou a negação sistemática, para muitas das obras com o selo “Espírita” que grassam pelas livrarias e Casas Espíritas. O que torna lamentável essa situação é o desconhecimento, por ignorância ou descuido, das regras ou normas mais básicas contidas nas obras que deram origem ao Espiritismo. Essas normas, conhecidas como 'CUEE' (Controle Universal do Ensino dos Espíritos) não têm jeito de não serem aplicadas, principalmente quando apresentam fatos novos, não contemplados pelos Espíritos que ditaram a Doutrina Espírita. Torna-se até uma leviandade colocar-se o selo “Espírita”, descaracterizando o aspecto científico da Doutrina para torná-la profissão de fé.
Allan Kardec já preconizava que a opinião universal é o juiz supremo, a pronúncia de última instância, é a soma de todas as opiniões individuais. Tomando-se essas opiniões e se uma delas for verdadeira, terá um peso relativo no todo, porém se é falsa não prevalece sobre as demais. Esses cuidados, importantes, têm um motivo justo; tornam-se um insucesso para o orgulho humano. Seguindo-se os passos corretamente, dificilmente algo será considerado verdadeiro se reprovado no primeiro exame: o da razão. Não há como aceitar uma teoria em plena contradição com o bom senso, com a lógica rigorosa e com os dados positivos que o adepto da Doutrina dos Espíritos já adquiriu.

Caso não passe pelos critérios da razão, do bom senso e da lógica, por mais respeitado que seja aquele que assina a comunicação (médium ou Espírito comunicante), esta deve ser rejeitada. Somente a disposição de não tomar opiniões próprias como manifestação de verdades únicas, mostrará o nível de confiança que refletirão médium e comunicante. Buscar os meios para que o parecer universal seja a constante das manifestações e tomar por guia a opinião da maioria, nos critérios que não admitam contestações, é o modo que deve proceder todo aquele que deseje autoridade e autenticidade da produção mediúnica.

Para que se retome a autenticidade da própria Doutrina Espírita, faz-se necessário a aplicação dos critérios orientados para a sua validação de continuidade. O futuro não é dos mais promissores. A avalanche de divulgações e comunicações com a ausência de análise crítica, no sentido de preservação da coerência com os postulados inseridos nas Obras básicas, mostra um quadro desalentador. Se há a consciência e a afirmação de que o Espiritismo se destaca das demais crenças filosóficas pelo seu aspecto científico, de análise, verificação e comprovação racionais e lógicas, toda e qualquer publicação de segmento científico, deve passar pelo crivo da análise racional e lógica rigorosos.

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II – O que é o Espiritismo


Pontos a se considerar, acerca da crença em supostos conteúdos doutrinários,veiculados por romances mediúnicos dito 'espíritas':

-O que se entende pelo enfoque das Leis Naturais,é que temos o dever primordial de nos desmaterializarmos e, assim progredirmos ininterruptamente.Ponto.

-Se o mundo espiritual é uma 'cópia perfeita' das necessidades materiais, de encarnados na Terra;não haveria a necessidade de encarnarmos,pra se pôr em prática,o que aprendemos no mundo espiritual.Já que se terá,hipoteticamente,tudo o que necessitamos, do outro lado.Ponto.

-O sentido romanceado de conteúdos dito 'espíritas',tem toda uma narrativa,inspirada na vida espiritual;centrada na descrição de um Espírito,acerca das situações vivenciadas por ele.O que não isenta o Espírito, de estar se expressando segundo o seu grau evolutivo.E sabemos que André Luiz,quando desencarnou,não era um Espírito Superior.Ponto.

-Sabemos que, Kardec preconiza o estudo de O Livro dos Espíritos e de O Livro dos Médiuns,para termos base para um entendimento real e não fantasioso das demais leituras que nos são disponibilizadas e que não apresentam um ensinamento mais apurado do assunto.Ponto.

O 'CUEE' é claro nesse sentido; a ortodoxia é para as suas "bases inamovíveis". Ou seja, aquilo que eles apresentaram, por estarem assentados nas Leis Naturais, são imutáveis.

Tudo o mais que for acrescentado como complemento de ensinamento ou esclarecimento, deve estar sustentado nessa "base inamovível".

Portanto, a ortodoxia se fundamenta no que vier dos Espíritos, respeitando a sua base,da qual se formou a Doutrina Espírita; mas isso, não traz, por consequência, a "Ortodoxia Espírita"(como forma de se rotular a quem quer que seja)e sim, forma a ortodoxia dos ensinamentos dos Espíritos Superiores,sendo postos em prática.

Eu entendo que, os Ensinos dos Espíritos, formam a Doutrina dos Espíritos ou Doutrina Espírita.

Já a "ortodoxia", eu não a entendo como Espírita, pois, essa não tem sua ligação pelo fato de ser Espírita ou deixar de ser Espírita. Esta ortodoxia formou-se a partir dos ensinamentos dos Espíritos da Codificação; pois, tudo que eles relataram, explicaram, orientaram, fundamentaram, estão assentados nas bases das Leis Naturais; e, por essas serem imutáveis, tornam também, segundo entendimento de Allan Kardec, os ensinamentos inamovíveis, ou sejam imutáveis.

Há outras questões a serem consideradas sobre esse aspecto do "inamovível", porém, serão objetos de estudos dentro da área que passarei a coordenar.

O que vale agora, para análise, é que podemos sim, tratar a Doutrina Espírita, como 'Espírita'. A "ortodoxia" fica por conta dos ensinamentos de base, e a Codificação Espírita, é todo um escopo, com várias obras, mesmo as complementares; principalmente, as que mencionam o "Segundo o Espiritismo".

Para mim, que fique claro, estamos criando o 'Movimento da retomada da Doutrina Espírita', que desvirtuou-se com o atual MEB(Movimento Espírita Brasileiro); e já é secular esse desvirtuamento, essa incoerência massificada.

Por isso, sou favorável, sempre, a chamarmos, com propriedade, de 'Movimento Espírita'.

Onde um manifesto nada mais será, do que um 'Manifesto Espírita'. Bem elaborado, mostrará o que é o Espiritismo, com lógica, coerência, fundamentado e sem brechas para contradições ou ataques à forma.

Se a Doutrina Espírita se assenta nas Leis Naturais e essas mesmas leis são imutáveis e perfeitas, os Espíritos já fundaram a própria ortodoxia, segundo disse Allan Kardec; ao formularem todos os ensinamentos nessas bases "inamovíveis".

A Doutrina Espírita, no entanto, essa é progressista; pois, todos sabemos que nem tudo foi dito, por ser ainda incompreensível para nós. As ciências, segundo Allan Kardec e os Espíritos Superiores, têm o papel fundamental de irem revelando, através das descobertas, o que nos falta em entendimento e compreensão. Estão lá, nas Leis Divinas e Naturais, e são essas descobertas, que farão a complementação da Doutrina Espírita ou a sua ratificação. Mudar, isso não, pois, o seu princípio é das 'coisas naturais'. Essa é a "ortodoxia". Um 'Movimento' a mantém, porém, não a formaliza.

Esse o meu entendimento.

Um 'Manifesto Espírita', que defende um Movimento Espírita, coerente com a Doutrina Espírita, obedecendo a ortodoxia preconizada por Kardec.

A ortodoxia espírita se assenta em suas bases inamovíveis(Leis Naturais) e, no princípio metodológico,para a plena aceitação das comunicações.A concordância dos informes espirituais,se traduz o seu melhor controle e sob condições tais,que garantam não só,não infirmarem aos próprios princípios da Doutrina;mas se um princípio novo,deva ser revelado,que ele se manifeste espontaneamente,ao mesmo tempo,em diferentes lugares,e de maneira idêntica;senão na forma,seja pelo menos,quanto ao fundo.

Diz Kardec: ....Disto resulta que, tudo quanto se acha fora do ensinamento exclusivamente moral, as revelações que alguém possa ter, tem um caráter individual, sem autenticidade, e devem ser consideradas opiniões pessoais de tal ou qual Espírito; e seria imprudência aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas. O primeiro exame é, sem dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. Toda teoria em contradição manifesta com o bom senso, com a lógica rigorosa e, por muito respeitável que seja o nome que a assine, deve ser rejeitada. Allan Kardec – Autoridade da Doutrina Espírita – CUEE.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

LISTA DE COMUNIDADES (ORKUT) E BLOGS VERDADEIRAMENTE ESPÍRITAS:

- Espiritismo Racional -
Blog voltado ao estudo da obra de Allan Kardec e Análise do Movimento Espírita.
http://www.criticoespirita.blogspot.com/


SITE ESPÍRITA:
- Com Kardec.com -
Estudo da obra de Allan Kardec e análise do Movimento Espírita.
http://comkardec.com/


-CUEE(Metodologia Espírita):
Link já postado.

-Ramatis Sábio ou Pseudossábio?:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=10933828

-Filosofia Espírita - Espiritismo:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=2608076

-Espiritismo:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=586506

-Eu sou espírita - Espiritismo:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=495527

-Espiritismo não é religião:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=8375049

-Espiritismo - Pureza Doutrinária:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=42678070

-Espiritismo Ortodoxo:
Link já postado.

-Espiritismo Filosófico & Moral:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1042686

-Revista Espírita:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=13697126

-Estudo da Codificação Espírita:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=48402537

-Espíritas:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=48928329

Obras Básicas da Codificação Espírita













quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A IMPORTÂNCIA DO RESGATE DO "CUEE".



Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas



Sabemos que, a Doutrina Espírita nos foi apresentada,originalmente,como Ciência e Filosofia, de consequências morais.E que os tradutores difundiram um tríplice aspecto(Ciência,Filosofia e Religião),que nada tem a ver com a significação e o alcance doutrinário,do Ensino dos Espíritos.A Doutrina Espírita não se baseia no "Evangelho de Jesus",como se originasse dele;apenas toma, como objeto de estudo, o Ensino Moral,da passagem de Jesus na Terra.Um período histórico em que, um Espírito Superior(Jesus) propagou ensinos que nos remetem à Lei de Deus.O Ensino Moral é de todos os tempos.Cristo é um título(dado pelos homens) e não o nome de Jesus.Praticamos a Lei de Deus e não o Evangelho.Nos espelharmos nos exemplos morais de Jesus,não torna ninguém cristão.Jesus não fundou religião alguma.A religião é uma criação humana.

Sectarismo.

Existe uma confusão muito grande, entre religião e religiosidade.Religiosidade é uma disposição natural de todos os seres humanos, é o que nos transcende do mundo material, independentemente de ser materialista ou espiritualista; pois, todos a manifestam conforme suas percepções e/ou condicionamentos.As instituições religiosas deveriam atender ao desenvolvimento moral das pessoas, e para isso se valem de elementos de congregação: como os rituais, dogmas, manutenção de crenças; e seus dirigentes se valem das hierarquias e o proselitismo, para estabelecerem relações de poder e domínio sobre seus adeptos; e uma das mais consagradas formas de alienação é a idéia de que o povo é um rebanho, que precisa de um pastor, impondo, justamente, uma postura parva, passiva e alienada aos seus seguidores, assim os pastores mantêm um domínio sobre o povo pensando que os seguindo estariam sendo conduzidos pelo caminho do Bom Pastor.Lembrando que Allan Kardec era o Professor Rivail, e seu método educativo não era de imposição, mas de desenvolvimento da autonomia do ser que, pela Doutrina Espírita, viesse a manifestar sua religiosidade, independente da forma que as instituições religiosas sempre o fizeram.Por isso que ele disse que o Espiritismo não é mais uma religião, mas um meio de auxiliar as religiões, no seu objetivo de promover o desenvolvimento moral.Se alguma religião, não cumpre esse papel, Kardec não questiona, oferece uma forma de resgatarem-na.
Mas o problema do Movimento Espírita Brasileiro,é a forte "carga religiosa", oriunda de uma mentalidade medieval dos sujeitos, pois ainda não transcenderam, ainda não conseguiram ou não quiseram, a autonomia para serem responsáveis por suas transformações.Esperam dos céus, os milagres, ao invés de seus próprios esforços; daí, reforçam a idéia de que o Espiritismo é a Doutrina 'dos Espíritos', com o tal 'tudo que vem do céu é sagrado', do memso modo, como os religiosos esperam intercessão do Espírito Santo ou Santos (católicos), muitos espíritas, tomam Kardec , Bezerra, Chico Xavier e tantos outros,como tais!
O Espiritismo é,ao mesmo tempo,uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.Como ciência prática,ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos;como filosofia,compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.Podemos definí-lo assim:O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza,origem e destino dos Espíritos,bem como de suas relações com o mundo corporal.
O "CUEE" foi um método científico,empregado pelo codificador,Allan Kardec,na montagem da estrutura da Doutrina nascente e na postulação de suas bases.Kardec, sabendo que a morte não tornava mais sábio ou mais ignorante,o Espírito desencarnado,precisava de um critério,para poder compilar as diversas informações, trazidas pela espiritualidade. Sabendo que havia Espíritos mistificadores,brincalhões e pseudo-sábios,Kardec fez com que, todo o conteúdo doutrinário,fosse passado pela filtragem do "CUEE",ou seja,uma informação trazida,tinha que ser enviada por diversos médiuns,preferencialmente,sem contato entre si,e,praticamente,ao mesmo tempo.Kardec,com todo o seu cabedal,disse com todas as letras: É preferível rejeitar 99 verdades a aceitar uma só mentira.E foi com esse critério,que ele delineou a Doutrina Espírita e pediu para que seus sucessores procedessem com o mesmo critério metodológico.
Infelizmente,muitos hoje em dia,apenas ouvem uma informação,e já propalam a mesma,como uma verdade absoluta,sem passá-lo pelo "CUEE".Quando uma informação é transmitida por um Espírito apenas,seja ele quem for,assuma o nome que assumir,é apenas a visão pessoal daquele Espírito.Para se tornar parte da base doutrinária,ela precisa ser transmitida por outros médiuns,preferencialmente,sem que este tenha tido contato com a mensagem do outro.É preciso ter a chancela da universalidade das informações.Infelizmente,são raros os estudiosos que usam atualmente o "CUEE".Aliás,muita pouca pesquisa se faz na Doutrina Espírita,atualmente.
Quando um Espírito atinge o grande público e se torna "respeitado",como o caso de Emmanuel,André Luiz,a maioria das pessoas acham que isso é o suficiente para que as informações sejam aceitas,sem necessidade do "CUEE".Existem muitas pesquisas ligadas a várias áreas que utilizam informações de André Luiz,em seus livros,umas que apoiam outras que contestam.O fato de Chico Xavier e esses Espíritos,terem atingido o grande público,não os tornam infalíveis.Não contesto a importância de Chico para a Doutrina Espírita, no Brasil,aliás, rendo as minhas homenagens ao grande médium,e exemplo moral que foi o Chico.Mas é preciso "peneirar" mesmo as informações provindas deles.
Infelizmente,as mensagens recebidas não são catalogadas,armazenadas e colocadas à disposição para pesquisa.Falta de organização das instituições,que desconhecem as orientações do Codificador.Mas é preciso, sim,verificar se essa mesma idéia,não tenha sido transmitida por outros médiuns em outras localidades.A internet seria perfeita para isso.Em "Obras póstumas",há uma longa lista dirigida aos futuros dirigentes,de como organizar uma Sociedade Espírita e de como catalogar as informações provindas das comunicações espirituais.Muitos nem conhecem o livro base(O Livro dos Espíritos),apenas leem um romance e já se acham em condições de assumir um trabalho,de falar em nome da Doutrina.Não questiono o que Chico fez pela divulgação da Doutrina,mas é preciso entender que, mesmo ele,e todas as 400 obras psicografadas,precisam ser questionadas.
Kardec nos orientou que, todo conteúdo doutrinário, deveria passar pelo crivo da razão.Se ele assim nos orientou e procedeu da mesma forma,com as informações que já havia compilado,imagine com conteúdos novos,que não passaram pelo CUEE.Isso não significa que menosprezamos o médium,como pessoa,ou os Espíritos,que dele se utilizaram,muito pelo contrário.Os Espíritos Superiores nem se abalarão com isso.Aliás,eles até apoiam isso.Apenas os Espíritos inferiores se sentem melindrados,quando se veem à peneira do "CUEE",pois temem ser pegos em erro.E isso mexe com seu orgulho.